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UMA FRUTA, MUITOS PRODUTOS

O negócio envolvendo a laranja vai além dos sucos concentrado e não concentrado. Existe um mercado pujante, responsável por cerca de 7,5% do negócio com a fruta, que diz respeito aos subprodutos.

Há três grandes grupos de subprodutos: os terpenos – responsáveis pela fabricação de alguns tipos de resinas e solventes bio degradáveis–, os óleos essenciais – que dão origem aos aromas e fragrâncias – e por fim o bagaço – que pode se transformar em ração para animais, entre outras utilizações.

Após a separação do suco e da polpa, essa passa ainda por um processo onde são removidos componentes não desejados, como o bagaço e as sementes. A polpa “limpa” é enviada para equipamentos em que há um novo processo de pasteurização, ou tratamento térmico, sendo em seguida congelada antes de ser enviada para armazenamento.

Se a polpa restante após a extração do suco não for utilizada para fins comerciais, ela pode ser lavada para extrair substâncias dissolvidas no suco. Esse produto é chamado pulp wash, ou suco da polpa, e pode, se a legislação permitir, ser misturado com o suco na linha de produção, antes da concentração.

A emulsão de óleo e água proveniente do processo de extração do suco possui também outras substâncias, como partículas de casca e polpa, pectinas e açúcares. O objetivo é recuperar o óleo da casca removendo as outras substâncias e perdendo o mínimo de óleo possível nesse processo, que ocorre por meio de duas etapas de centrifugação. É economicamente recomendável incluir um sistema de prensagem e secagem da casca e resíduos sólidos da laranja em grandes fábricas de processamento de suco. Os frutos rejeitados no recebimento, a casca e o bagaço que resultam da extração, bem como a polpa e outros sólidos, são enviados para o secador, onde são secos e “peletizados” para servir de ração fibrosa para alimentação animal.